Objetivo:
Aproximar o espelho primário do secundário para que o ponto focal ficasse compatível com a instalação de camera Cannon e SPC 880 diretamente no focalizador.
Após varias tentativas, finalizei pela instalação de parafusos longos e molas fortes. Os parafusos de ajustes passaram a ter 8 centimetros de comprimento e os de trava com 7 centimetros. A mola tem 8,5 cm de comprimento em estado de descanso.
Arruelas grossas foram necessárias para os parafusos de de ajustes, por estes tenderam a colocar em risco o espelho primário durante a colimação em testes de estrelas. Aproximando-se muito do espelho, possiblitanto contato físico e pressionamento do mesmo.
A distancia entre a superficie em que o parafuso de trava encosta e a superficie externa, onde fica a cabeça dos parafusos , ficou em 6,4 cm ; 6,3 cm e 6,1 cm.
As fotos demonstram como ficou a alteração.
Mola e parafuso de ajuste Parafuso de Trava: Ambos os parafusos:
Comparando com o original: Parafusos originais: Visão panoramica:
Problema principal:
Os parafusos longos se comportaram como hastes, que devido ao peso do espelho tendem a inclinar, descentralizando o espelho primário em relação ao tubo e por consequencia em relação ao secundário.
Após vários testes, com molas de diferentes pressão, decidi por uma bem forte, que permitisse pelo menos ajuste do espelho com o OTA na vertical sem necessidade de auxilio dos parafusos de trava. A atual escolhida permite vencer o peso do espelho não se escolhendo. Faz-se necessário a manipulação dos parafusos para que movimentos possam ocorrer.
Apesar da força da mola, não foi possível evitar que haja inclinação dos parafusos, quando o OTA se posiciona horizontalmente. Para evitar este movimento, faz-se necessário travar a posição com os parafusos destinados a esta função.
Nos constantes manuseio de parafusos de trava, verifiquei que estava havendo desgaste de material da céula do espelho por fricção e raspagem. Para evitar esta ação degenerativa efetuei polimento das pontas dos parafusos, retirando sua normal saliencia de final de rosca.
Resultado:
Positivo:Obtive sucesso no deslocamento do ponto focal. Não pareceu, até o momento, ter aumentado significativamente o coma, normalmente presente em um f/5. Embora, tenho a impressão que houve um aumento, principalmente na periferia do campo quando utilizado ocular 25 mm e 30 mm.
Uma vez colimado e travado não foi observado alteração da posição do espelho com o movimento do telescopio, sobre a montagem ou no processo de garda e instalação.
Negativo:A colimação ficou complicada e trabalhosa devido aos possíveis deslocamentos do espelho com relação ao OTA.
Após várias tentativas e erros, veriquei que esta tem que ser feita em três etapas.
1) com o OTA na posição vertical e com todos os parafusos de trava soltos. Ajuste de secundário e primário com laser. Sendo que ao ajustar o primário pode have necessidade de leve ajuste do secundário, pois o espelho primário pode se movimentar horizontalmente. Após este ajuste, efetuar a trava, observando a colimação laser. Pouco a pouco e sequencia alternada dos parafusos de trava.
2) com o OTA na posição horizontal, Rever os apertos dos parafusos de trava que passaram a ter uma influencia maior na colimação, observando a colimação laser.
3) teste de estrela. Aqui complica bastante. Pois será necessário trabalhar com os 6 parafusos: 3 de ajuste e 3 de trava simultaneamente.
Liberar levemente um parafuso de trava próximo, alterar levemente a posição do parafuso de ajuste e voltar a travar. Movimentos muito grandes podem deslocar o espelho primário e como punição forçar o retorno ao intem 1 deste procedimento.
O que levaria 15 a 30 minutos, agora pode levar até horas, pois os 6 parafusos terão influencia na colimação. Mesmo entendendo a sua lógica, como os parafusos de trava estão muito afastados dos parafusos de ajuste, eles passam a exercer significativa influencia na colimação. Com uma interação muito complicada com os 2 parafusos de ajustes próximos.
Conclusão:
O procedimento funciona, e evita a mutilação por corte do OTA. Portanto uma operação totalmente reversível.
Entretanto devido a complicação com a colimação só se aventure a faze-la quem realmente tem interesse em astrofotografia, e muita paciencia para colimar, sempre que se fizer necessário.
O uso de colimador laser se faz quase que obrigatório para garantir uma adequada centralização do secundário e primário.
That is all, folks !