Observatório

Postado por jsmoraes jsmoraes
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O Observatório de Vilatur se encontra no balneário de Vilatur, Município de Saquarema, Rio de Janeiro.
Próximo à praia, sujeito à maresia e constantes ventos de nordeste. E devido aos fortes ventos tivemos duas versões.

A primeira sofreu parcial destruição devido a queda provocada pelos ventos. Era pequeno, porém versátil. Detalhes sobre ele podem ser melhor vistos em http://jsmastronomy.30143.n7.nabble.com/Observatorio-f890.html com ano referencia 2013



Após uma reforma e melhoria quanto ao seu espaço interno, ficamos mais protegidos quanto a poluição luminosa de postes de iluminação e ventos, porém perdemos um pouco a visibilidade de objetos próximos a linha do horizonte. Maiores detalhes de sua construção podem ser vistos em: http://astronomia-e-astrofotos.1069742.n5.nabble.com/Reforma-do-Observatorio-Vilatur-td1723.html







Devido aos constantes e fortes ventos de nordeste, a captura de objetos mais ao norte e enquanto estão na região leste ficam prejudicados.
Entretanto com o movimento aparente dos objetos no céu, de leste para oeste, apenas perdemos um pouco de tempo para exposição fotográfica. Pois temos que esperar que eles alcancem a posição de zenite (sobre nossas cabeças) e excursionem pelo oeste.
A região norte fica prejudicada também pela presença da elevação, onde se encontra o reservatório Juturnaíba, limitando visada para alguns interessantes objetos como a galáxia Andrômeda.

Em compensação temos visibilidade privilegiada para a região Sul, sobre o mar, mais populosa de objetos do céu profundo (nebulosas, aglomerados de estrelas) e as duas galáxias vizinhas: Grande Nuvem de Magalhães e Pequena Nuvem de Magalhães.
Diferente da maior parte do Brasil, no Rio de Janeiro ao olharmos para o mar nós estamos direcionados para o continente Antártico, e não para a África.

O Hemisfério Sul apresenta muitos objetos ainda pouco explorados, estudados e fotografados. Somente com a implementação de diversos e potentes equipamentos na região dos desertos do Chile pela ESA-ESO, a NASA europeia, é que começamos a descobrir e registrar com maiores detalhes esta região.
Anteriormente somente a Austrália. África do Sul e Nova Zelândia possuíam equipamentos de médio porte para esta região.

Apesar do grande número de astrônomos amadores, principalmente Ásia e Austrália, ainda somos numericamente bem menor que os colegas do Hemisfério Norte. Brasil e Argentina são os que mais contribuem com pessoal.
O preço dos equipamentos, cambio e as altas e incoerentes taxas de importação prejudicam muito o envolvimento com atividades de observação astronômica.

Por absoluta falta de gestão governamental no Brasil, uma importação de carro de luxo, tipo Ferrari, tem taxação em 35 %, enquanto que os equipamentos científicos para astronomia sofrem abusivos 120 % ... e ... em US dólar. Só depois é que se aplica o cambio.

A falta de interesse por patrocínio público e privado limita a construção e instalação de observatórios. Ficam restritos às unidades universitárias e a poucos cidadãos. Um observatório é fundamental para que se possa efetuar um trabalho de pesquisa mais apurado, já que os equipamentos são muito sensíveis a vibração e montagem. Um simples esbarro na base de um telescópio, fato nada difícil considerando que estamos em ambiente bastante escuro, implica em algumas horas para recalibrar sua correta posição: o chamado alinhamento polar celestial, que permite a perfeita e sincronizada movimentação automática do equipamento anulando a movimentação aparente do astro no céu.