A galáxia Grande Nuvem de Magalhães, situada na região da constelação de Dourados, possui uma intrigante relação com a Via Láctea e a galáxia Pequena Nuvem de Magalhães, descrita no tópico dedicado a Pequena Nuvem de Magalhães. Para que não haja duplicação de informações sugiro que se leia aquele tópico.
É considerada galáxia de formato irregular, porém há resíduos que sugerem já ter sido uma galáxia barrada. E contém grande número de regiões interessantes, com muita formação estrelar. Fato interessante pois a LMC seria uma galáxia muito antiga, contemporânea ou até mesmo mais antiga que a Via Láctea e Andrômeda, com uma quantidade excessiva de hidrogênio, e com pouca atividade de produção de estrelas durante sua longa existência. Sua inter relação com a Via Láctea parece estar causando perturbações que provocaram a formação destas regiões berçarias.
Abaixo temos uma visão desta galáxia, e a distribuição de seus objetos internos:
Algumas de suas estruturas se encontram na região denominada de Corrente de Magalhães, uma região basicamente composta de hidrogênio interligando a Grande Nuvem com a Pequena Nuvem.
Para uma visão mais detalhada da posição dos objetos na galáxia e proximidades: LMC-full-ESO.jpg
Entre os objetos podemos listar:NGC | Tipo | NGC | Tipo | NGC | Tipo | NGC | Tipo |
---|
1651 | Aglomerado Globular | 1711 | Aglomerado Aberto | 1712 | Aglomerado e Nebulosa | 1727 | Aglomerado e Nebulosa |
1731 | Aglomerado e Nebulosa | 1737 | Aglomerado e Nebulosa | 1747 | Aglomerado e Nebulosa | 1760 | Nebulosa Feijão |
1761 | Aglomerado e Nebulosa | 1762 | Galaxia | 1763 | Aglomerado e Nebulosa | 1770 | Aglomerado e Nebulosa |
1783 | Aglomerado Globular | 1791 | Aglomerado Aberto | 1806 | Aglomerado Globular | 1818 | Aglomerado Aberto |
1820 | Aglomerado Aberto | 1829 | Aglomerado e Nebulosa | 1831 | Aglomerado Aberto | 1837 | Aglomerado e Nebulosa |
1848 | Aglomerado e Nebulosa | 1850 | Aglomerado e Nebulosa | 1856 | Aglomerado Aberto | 1858 | Aglomerado e Nebulosa |
1866 | Aglomerado Aberto | 1869 | Aglomerado e Nebulosa | 1870 | Aglomerado Aberto | 1871 | Aglomerado e Nebulosa |
1876 | Aglomerado e Nebulosa | 1892 | Galaxia | 1910 | Aglomerado e Nebulosa | 1918 | Aglomerado e Nebulosa |
1934 | Aglomerado e Nebulosa | 1935 | Aglomerado e Nebulosa | 1939 | Aglomerado Aberto | 1944 | Aglomerado Aberto |
1948 | Aglomerado e Nebulosa | 1949 | Nebulosa Difusa | 1966 | Aglomerado e Nebulosa | 1968 | Aglomerado e Nebulosa |
1972 | Aglomerado Aberto | 1978 | Aglomerado Globular | 1983 | Aglomerado e Nebulosa | 1994 | Aglomerado Aberto |
2001 | Aglomerado e Nebulosa | 2002 | Aglomerado Aberto | 2011 | Aglomerado e Nebulosa | 2013 | Aglomerado Aberto |
2014 | Aglomerado e Nebulosa | 2015 | Aglomerado e Nebulosa | 2018 | Resíduo SuperNova | 2020 | Nebulosa Difusa |
2027 | Aglomerado e Nebulosa | 2030 | Aglomerado e Nebulosa | 2031 | Aglomerado Aberto | 2032 | Cabeça de Dragão |
2033 | Aglomerado e Nebulosa | 2042 | Aglomerado e Nebulosa | 2070 | Nebulosa Tarantula | 2080 | Aglomerado e Nebulosa |
2081 | Aglomerado e Nebulosa | 2083 | Aglomerado e Nebulosa | 2085 | Aglomerado e Nebulosa | 2086 | Aglomerado e Nebulosa |
2094 | Aglomerado Aberto | 2095 | Aglomerado Aberto | 2100 | Aglomerado e Nebulosa | 2113 | Aglomerado e Nebulosa |
2117 | Aglomerado Aberto | 2121 | Aglomerado Globular | 2133 | Aglomerado Globular | 2134 | Aglomerado Aberto |
2137 | Aglomerado Aberto | 2147 | Aglomerado e Nebulosa | 2156 | Aglomerado Aberto | 2157 | Aglomerado Aberto |
2159 | Aglomerado Aberto | 2164 | Aglomerado Aberto |
N | Tipo | N | Tipo | SL | Tipo | SN | Tipo | LH | Tipo |
---|
11 | Remanescentes SN | 55 | Remanescentes SN | 111 | 1987-A | Super Nova | 120 - No 70 |
64 | Remanescentes SN | 76 | Remanescentes SN | 186 |
89 | Remanescentes SN | 144 | Remanescentes SN |
185 | Remanescentes SN | 186 | Remanescentes SN |
198 | Remanescentes SN | 200 | Remanescentes SN |
206 | Remanescentes SN |
Estudos de 2006 utilizando o Spitzer Space Telescope analisou os remanescentes N11L, N44, N49, N206, N63A, and N157B.
Link para o texto: http://adsabs.harvard.edu/abs/2006AJ....132.1877W
N 206 ou Henize 206 estaria associada a NGC 2018
A imagem possui links para uma visualização mais detalhada.
Utilizando do recurso de lentes gravitacionais, foram confirmados a existência de 745 aglomerados, sendo 126 novos objetos, em uma área central da LMC de 5.8 graus quadrados.
http://acta.astrouw.edu.pl/Vol49/n4/pap_49_4_2.pdf
O site abaixo possui um grande número de estudos sobre as Nuvens de Magalhães, embora bastante técnicos, é só pedir next ou previous page:
http://articles.adsabs.harvard.edu/full/seri/IAUS./0108//0000035.000.html
Referencia: http://www.stsci.edu/~marel/pdfdir/LMC_maysymp03_vdm3.pdf
Três entendimentos diferentes para a presença da Corrente de Magalhães composta somente de gas Hidrogênio neutro, sem estrelas em seu interior.
Neste estudo LMC e SMC é entendida como que orbitando a Via Láctea. A distribuição da Corrente de Magalhães indicaria este movimento.
E de outra forma, bem mais complexa, analisando as velocidades de deslocamento por efeito doppler e a movimentação no espaço sideral, projetando estes movimentos em gráfico tri-dimensional. Ponto central sendo o centro da Via Láctea, eixo Z a direção do polo norte da Via Lactea. Eixo X a direção do Sol para o centro galático e eixo Y a direção da rotação do Sol na Via Láctea.
A velocidade espacial tridimensional da LMC (e supõe-se identico para SMC) seria:
vLMC = (-56 ± 36, -219 ± 23, 186 ± 3) km/s.
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