Fotografando DSO quando não há estrela guia disponível

Postado por jsmoraes jsmoraes
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Noite de verão 40 graus. Atmosfera densa com espessa névoa: fina nebulosidade. Como consequência, nenhuma estrela guia se apresentava adequada, mesmo configurando o PHD e câmera para 3 segundos.

O objeto DSO, aglomerado globular M79 apresentava-se muito tênue. O uso de alta ISO, com sensor em alta temperatura, apresenta uma imagem com intenso ruído.

Daí, um teste. Tentar imagens com dither para que o DSS eliminasse o ruído.

Como opção configurei para captura de 10 segundos, quando o Erro Periódico não afetaria a qualidade das estrelas e na maior ISO que a Canon T3 possui: 6400. Para permitir que o próprio Erro Periódico causasse a movimentação do objeto, forjando a ação de dither, uma temporização de 20 segundos entre uma foto e outra foi usado.

Total de 60 fotos, com FWHM variando entre 5,7 e 6,8 , num total de 10 minutos de exposição.

Para uma noção do quão ruidoso me é uma imagem com ISO 6400 e temperatura de sensor ao redor de 41 graus Celsius, e o resultado do empilhamento no DSS com ajuste de HDR no Photoshop CS3 durante a conversão de 32 bits para 16 bits temos as duas fotos abaixo.

Com exceção de ajuste de saturação e HDR não foi feito nenhum ajuste de imagem. A imagem de frame único CR2 foi convertida em DNG para abertura no Photoshop CS3 e também só teve ligeiro ajuste de saturação e brilho. A curva foi ajustada para ser linear.

O objetivo não é mostrar que empilhamento e ajuste de HDR realça detalhes e informações tênues. Mas sim evidenciar que dither no DSS consegue limpar os ruídos e hot pixeis.

Não foi utilizado arquivo Dark para calibração da imagem no DSS. Foi utilizado somente flat e bias.

O alinhamento polar da montagem está excelente. A montagem NEQ6 possui Erro Periódico bem grandinho: exposição superior a 10 segundos poderia trazer imagens com drift das estrelas.

GSO 305mm - Canon T3 - 60 x 10 seg (10 min) - ISO 6400 - Skyglow filtere - Coma corrector - sem guiamento.